No dia seguinte, Camille decidiu visitar o café novamente, na esperança de encontrar Giuseppe ou pelo menos obter alguma notícia sobre ele. Ao chegar, ela se aproximou da atendente com uma expressão de curiosidade em seu rosto.

“Olá”, cumprimentou Camille. “Você viu Giuseppe por aqui hoje? Estou preocupada, pois ele não respondeu minha mensagem.”

A atendente olhou para Camille com um semblante preocupado e disse:

“Na verdade, ele esqueceu o celular aqui no café ontem de manhã. Deve ter sido por isso que ele não respondeu. Eu estava esperando que ele viesse buscá-lo hoje, mas ainda não apareceu.”

Enquanto a atendente explicava a situação, o telefone de Giuseppe começou a tocar. Surpresa, ela olhou para a tela e viu o nome de uma mulher desconhecida. A atendente, percebendo a situação, pediu gentilmente: “Desculpe, Camille, mas você poderia atender por mim? Estou com outros clientes para atender.”

Camille, um pouco sem jeito, aceitou o pedido da atendente e atendeu o telefone. Do outro lado da linha, uma voz feminina e preocupada se fez ouvir.

“Olá? Quem está falando?”, perguntou Camille, tentando disfarçar sua surpresa.

“Sou a mãe de Giuseppe. Meu filho esqueceu o celular em algum lugar. Será que você poderia deixá-lo em sua casa? Ele mora não muito longe do centro.”

Camille ficou surpresa com a ligação, mas rapidamente se recompôs e respondeu:

“Claro, eu posso fazer isso. Onde ele mora?”

A mãe de Giuseppe forneceu o endereço e combinaram um horário para Camille entregar o celular. Camille desligou o telefone e se virou para a atendente, agradecendo pela oportunidade de ajudar.

“Não se preocupe, eu vou cuidar disso”, disse Camille com determinação.

Com o celular de Giuseppe em mãos, Camille se dirigiu à casa indicada. Enquanto caminhava pelas ruas, sentia uma mistura de curiosidade e apreensão. Ela se perguntava sobre a relação de Giuseppe com sua mãe e o que poderia ter acontecido para deixá-lo tão incomunicável.

Ao chegar à casa, Camille bateu na porta e foi recebida calorosamente pela mãe de Giuseppe. Elas trocaram algumas palavras e a mãe de Giuseppe explicou a situação.

“Meu filho teve uma forte febre e está medicado. Eu vim até a casa dele para cuidar dele e acabei notando o celular esquecido. O trabalho dele é assim, cheio de imprevistos. Meu maior desejo é que ele se aposente e tenha uma vida mais tranquila”, disse a mãe de Giuseppe, com um tom preocupado.

Camille entregou o celular, expressando sua compreensão e solidariedade.

A mãe de Giuseppe agradeceu a Camille e disse que seu filho ficaria bem. Camille sentiu-se aliviada por saber que ele estava sendo cuidado pela mãe, mas ao mesmo tempo, a curiosidade e preocupação continuavam a dominar seus pensamentos.

De volta à sua casa, Camille deitou-se em sua cama e refletiu sobre os eventos recentes. Ela pensou na conversa que teve com Giuseppe no café, na preocupação em seus olhos e nos mistérios que o cercavam. Apesar de sua falta de detalhes sobre sua própria situação, Giuseppe tinha um jeito especial de deixá-la à vontade para falar sobre si mesma e seu trabalho.

Enquanto sua mente divagava, Camille acabou adormecendo, sem uma resposta de Giuseppe. Sonhos inquietos ocuparam sua noite, repletos de imagens confusas e fragmentos de conversas que não conseguia compreender.

No dia seguinte, ao acordar, Camille pegou seu celular e verificou se havia alguma mensagem de Giuseppe. Para sua surpresa, havia uma nova notificação. Era uma mensagem dele: “Senti falta do seu sorriso.”

Um sorriso involuntário surgiu no rosto de Camille. Ela sentiu uma onda de alegria e alívio ao receber aquela mensagem. Era reconfortante saber que ele também sentia a sua falta.

Continua…