A Dança da Ansiedade
Ser ansioso é como dançar numa corda bamba entre o querer e o temer. Sentimos uma urgência incessante de experimentar, mas, ao mergulhar nas sensações, surge o receio de que seja perigoso demais. A ansiedade é esse frenesi de querer sentir, mas, ao fazê-lo, questionamos se é seguro permanecer nesse turbilhão emocional.
A pressa de manter conversas, a expectativa por respostas imediatas, e a incerteza que surge quando o silêncio se prolonga por algumas horas criam uma sinfonia desafinada de pensamentos. Acordamos com saudade de experiências que ainda não vivemos, antecipando um futuro que, na realidade, não controlamos.
A insegurança, como uma sombra persistente, aperta o peito, sufocando por vezes, e sussurra que é hora de fugir. A pressa pelo futuro nos faz imaginar desfechos que podem nem se concretizar, e a ansiedade, como um maestro desgovernado, orquestra pensamentos que tropeçam nos próprios passos.
A ansiedade nos faz vislumbrar um destino onde tudo dará errado, mesmo quando tudo parece correr bem. Pensamos em desistir antes que o outro escolha partir, numa dança que espelha tantas histórias anteriores. Contudo, compreender que esses receios são apenas medos temporários é o primeiro passo.
Reconhecer que as inseguranças não são tão gigantes quanto parecem, que os pensamentos tempestuosos se dissipam com o tempo, é acolher a verdade. A ansiedade não é eterna, é uma visita temporária que, com o acalanto certo, encontra o caminho de volta para o amanhã. Relaxa, assim como eu, Douglas, também sou ansioso, e juntos, aprendemos a dançar com essa inquietação até que se transforme em passos mais calmos.