Você está amando ou só tem medo de ficar sozinho?
Tem gente que chama de amor, mas na real é só desespero disfarçado de afeto.
É o medo de dormir sozinho, de não ter com quem postar foto, de não ter pra quem mandar “bom dia”. O medo da solidão virou motivo pra se enfiar em qualquer relação morna, disfuncional, ou até mesmo violenta.
E sabe o que é pior? Você vai se convencendo de que aquilo é amor. Vai racionalizando a falta de respeito. Vai dizendo que “todo relacionamento tem problema”, enquanto afunda em silêncio, culpa e cansaço.
Mas não é amor. É apego. É carência. É vício emocional.
A ansiedade que a gente vive hoje distorceu completamente o que chamamos de “relacionamento amoroso”. Acreditamos nesse mito de que uma pessoa vai nos dar tudo: colo, proteção, cuidado, sexo, admiração e paz.
Esse ideal cria monstros. Cobra o que ninguém pode entregar. E nos torna reféns de relações que só existem pra provar algo — pros outros, ou pro nosso próprio ego machucado.
A verdade é que não existe conto de fadas. Não existe alguém que vai preencher todos os seus vazios.
Existe o compromisso de construir algo bom com alguém que esteja disposto. Existe verdade, troca, respeito. Existe crescimento. Fora disso, é exibição. É carência. É ilusão.
Tem gente que entra num relacionamento pra não encarar a própria dor. E tem gente que se mantém num relacionamento ruim porque tem mais medo de ficar só do que de continuar infeliz.
Esse medo da solidão é o que tem matado muita gente em vida. Porque não é estar sozinho que destrói uma pessoa — é estar mal acompanhado e continuar fingindo que tá tudo bem.
Relacionamento bom é aquele que soma. Que não exige que você perca sua identidade pra agradar. Que não te afasta da sua família, dos seus amigos, da sua luz. Que não faz você se sentir culpado por existir.
Antes de amar alguém, você precisa estar inteiro. Porque se você entra quebrado, vai aceitar qualquer cola.